sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Gonçalves Dias - A Vida de um Poeta

Nascido em Caxias (Maranhão), era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça cafuza brasileira. Estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que veio a falecer em 1837.
Foi estudar na Europa, em Portugal em 1838 onde terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, participou dos grupos medievistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das idéias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Antonio Feliciano de Castilho.
No final da vida, muito doente, Gonçalves Dias, que estava na Europa a trabalho, temendo o inverno daquele ano de 1864 resolve regressar uma vez mais ao Brasil. Embarca em 10 de setembro e quase dois meses depois de uma longa viagem em alto-mar, o navio em que vinha naufraga na costa do Maranhão. O poeta, já muito enfraquecido, estava deitado no seu camarote, e por isso foi a única vítima fatal do acidente. Todos se salvaram, mas ninguém teve a idéia de ajudá-lo a sair. Ironicamente (com pitadas de humor negro), a última estrofe da Canção do Exílio não se cumpriu:
"Não permita Deus que eu morra / Sem que eu volte para lá".

1 comentários:

Adalberto disse...

Às vezes, a poesia diz muito sobre a vida do poeta. No caso de Gonçalves dias não é diferente. Muitos de seus poemas refletem a própria experiência amorosa da vida dele, por exemplo: "Ainda uma vez, Adeus".

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